Pierre-Joseph Proudhon (1809 ~ 1865):

" Que nos falta para realizarmos a obra que nos foi confiada? Uma só coisa: A prática revolucionária!... O que caracteriza a prática revolucionária é que ela já não procede por pormenor e diversidade, ou por transições imperceptíveis, mas por simplificações e por saltos."

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terça-feira, 17 de agosto de 2010


O primeiro homem a reivindicar para si a definição de anarquista foi o trabalhador francês Pierre-Joseph Proudhon.

Ele reivindicou o termo porque seu método de transformação da sociedade incluía a construção de uma sociedade igualitária e livre que só seria possível com a eliminação do Estado e a construção de uma organização política igualitária, organizada não de cima para baixo, pela imposição de uma cúpula no poder, mas de baixo para cima, partindo de cada trabalhador.

Este tipo de organização política Proudhon chamou de Federalismo.

Entretanto, a estratégia de Proudhon era baseada em uma concepção de transformação gradual da sociedade. Ele tinha esperança no avanço rumo ao socialismo sem uma ruptura insurrecional.

Lembremos o que ele mesmo disse em uma carta a Marx:

“(...) nós não devemos, de forma alguma, colocar a ação revolucionária como meio de reforma social, porque esse pretendido meio seria simplesmente um apelo à força, ao arbítrio; em suma, uma contradição.”

Assim, Proudhon discordava de uma estratégia revolucionária insurrecional para a destruição do capitalismo.

Preferia uma tática reformista, através da construção de organismos econômicos no interior desta sociedade, que, gradualmente, iriam tomando o lugar do capital.

Os proudhonianos ou mutualista, como também eram chamados, tiveram grande importância no movimento operário do século XIX.

A maior parte dos fundadores da Associação Internacional dos Trabalhadores pertencia a esta corrente libertária

Entretanto, os mutualistas nunca construíram uma organização política, isto é, uma organização especificamente anarquista.

Preferiam, pelo contrário, atuarem somente em associações de trabalhadores e criarem bancos de créditos coletivos que pudessem pouco a pouco substituir a lógica do capitalismo.

in:

“surgimento do anarquismo: objetivos, estratégias e tácticas – parte 01”; e

copilado do informativo trimestral do coletivo pró-organização anarquista em goiás, goiânia, dezembro de 2005 à fevereiro de 2006, n.º 03: informe anarquista.

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