Pierre-Joseph Proudhon (1809 ~ 1865):

" Que nos falta para realizarmos a obra que nos foi confiada? Uma só coisa: A prática revolucionária!... O que caracteriza a prática revolucionária é que ela já não procede por pormenor e diversidade, ou por transições imperceptíveis, mas por simplificações e por saltos."

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terça-feira, 15 de junho de 2010

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Quando Proudhon [Pierre-Joseph] publicou seu famoso livro “Sistema das Contradições Econômicas” ou “Filosofia da Miséria” foi recebido por Marx [Karl] com entusiasmo.

Nesta época, era ele proudhoniano, e elogiou a obra considerando-a um trabalho “científico”, que honrava o socialismo francês. (Lembremo-nos que ele sempre fez questão, posteriormente, de distinguir o socialismo francês do socialismo alemão).

Subitamente, porém, lançou seu livro “Miséria da Filosofia”, um panfleto virulento, que se difundiu entre oa marxistas que o lêem, sem ler a obra de Proudhon, já “totalmente refutada” por Marx.

No entanto, poderíamos aconselhar aos marxistas que lessem ao mesmo tempo, comparando-a com a de Marx, e veríam quanta coisa interessante acabaria por surgir. É mesmo este um dos pontos mais graves do movimento socialista, um daqueles em que as maiores patranhas [mentira, asneira, bobagem] perduram.

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Temos, daí, o início da ruptura no movimento socialista de tão grandes consequências posteriores.

Daí por diante, o socialismo, que era homogêneo, passa a subdividir-se em três movimentos nitidamente separados:

1.- socialismo democrático (Trabalhistas, fabianos, socialistas reformados, etc.);

2.- socialismo libertário (mutualista, proudhonianos, anarquistas, etc);

3.- socialismo autoritário, o de Marx.

Essa subdivisão atrasou sem dúvida a eclosão da revolução socialista, esperada até em dias do século passado [XIX].

A crise aberta no socialismo prosseguiu crescendo, e hoje essas três correntes se degladiam mutuamente, num encarniçamento extremado. Há mais ódios entre eles do que contra as classes possuídoras, até então combatidas.

E com isso, o capitaliamo respirou.

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fonte:

Análise Dialética do Marxismo, de mário ferreira dos santos

Um comentário:

  1. O Buraco é mais embaixo.Proudhon: "Na sociedade as ideias são interesses, e os interesses são homens". Marx, o burguês alemão financiado pelo industriário Engels tinham um claro propósito em exterminar a obra de Proudhon, chegando ao ponto de os próprios libertários desconhecerem sua obra.
    A richa surgiu antes da publicação de Filosofia da Miséria, para tal basta a leitura da troca de correspôndencias entre ambos no ano de 1845.
    Proudhon explicitou com clareza o que este "socialismo" autoritário, significa de fato: a quintessência deste sistema de dominação chamado capitalismo. No caso o Estado se torna a própria figura do monopólio. Marx plagiou, distorceu, violentou completamente a obra de Proudhon. Basta lermos " O que é a Propriedade", A "Criação da Ordem na Humanidade", "Filosofia da Miséria", "Da Criação da Justiça na Igreja", "Confissões de um Revolucionário", "A ideia geral da revolução no século XIX", do "Principio Federativo", "Da capacidade revolucionária das classes oerárias" Entre outros livros e excertos para percebemos a falácia, o engodo da religião marxista e seus asceclas...

    E outra coisa sobre algumas criticas a Bakunin, Proudhon, Kropotkin seresm Anti-semitas...ISSO BEIRA O ABSURDO! ELES SÃO ASSIM COMO TODOS LIBERTÁRIOS, ANTI-SIONISTAS! JÁ SABIAM NAQUELE TEMPO QUE UMA CERTA ELITE DE BANQUEIROS GOVERNAVA O MUNDO...
    saulolessa@hotmail.com

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