Pierre-Joseph Proudhon (1809 ~ 1865):

" Que nos falta para realizarmos a obra que nos foi confiada? Uma só coisa: A prática revolucionária!... O que caracteriza a prática revolucionária é que ela já não procede por pormenor e diversidade, ou por transições imperceptíveis, mas por simplificações e por saltos."

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sábado, 22 de maio de 2010


Proudhon era filho de camponeses da região de Franché-Comté. Seu pai era um tanoeiro e proprietário de uma taberna...

Proudhon iniciou a vida como tipógrafo e mais tarde trabalhou como representante de uma firma transportadora com sede em Lyon.

Foi aí que manteve seus primeiros contatos com os socialistas e começou a desenvolver teorias próprias sobre um sistema sem governo baseado numa organização econômica cooperativista e na libertação do crédito da agiotagem que o controlava.

Em 1840 publicou ‘Qu'est-ce-que la propriété?’, onde se declarou pela primeira vez anarquista. O livro foi elogiado por Marx que se transformaria mais tarde no grande crítico das idéias de Proudhon.

Durante a revolução de 1848-9, Proudhon tornou-se deputado independente da Assembléia Nacional e fundou um Banco do Povo para demonstrar na prática as suas teorias de crédito livre e editou uma série de diários altamente críticos, começando com ‘Le Representant du Peuple’, que lhe valeu uma longa temporada na prisão sob o reinado de Napoleão III.

Posteriormente um outro livro De la Justice, levou a que fosse julgado e exilado na Bélgica.

De volta a Paris, suas críticas corajosas fizeram dele um líder respeitado entre os operários, e um grupo de discípulos seus, os Mutualistas, teve participação ativa na criação da Primeira Internacional.

Seu livro póstumo, ‘De la Capacité Politiqque des Classes Ouvrières’, forneceu a base teórica para o anarco-sindicalismo. Bakunin chamava-o de ‘Mestre de todos nós!’.

anônimo:

Augusto da Costa:

«Proudhon revoltou-se contra a Declaração dos Direitos do Homem, porque fazia do mesmo homem apenas um animal político, a quem só direitos políticos eram reconhecidos, esquecendo que o homem também trabalha para se alimentar, e que há uma justiça social a realizar. Numa palavra, a democracia divinizou o indivíduo mas esqueceu a pessoa humana. O socialismo divinizou o produtor e o consumidor, mas esqueceu o homem. Eia porque nós nos revoltamos contra o socialismo, como Proudhon se revoltava contra a democracia.»


in "Crespúsculo dos Deuses", Lisboa, 1933.

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