Pierre-Joseph Proudhon (1809 ~ 1865):

" Que nos falta para realizarmos a obra que nos foi confiada? Uma só coisa: A prática revolucionária!... O que caracteriza a prática revolucionária é que ela já não procede por pormenor e diversidade, ou por transições imperceptíveis, mas por simplificações e por saltos."

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sábado, 3 de abril de 2010

Suplemento Cultural de São Paulo - Curitiba

QUINTA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2009

TRADUÇÃO DE PROUDHON É ÚTIL PARA ESTUDIOSOS DE ARTES

Pierre-Joseph Proudhon (Besançon, 15 de Janeiro de 1809 — Passy, 19 de Janeiro de 1865) foi um filósofo político e econômico francês, foi membro do Parlamento Francês, e também o primeiro autoproclamado anarquista. É considerado um dos mais influentes escritores anarquistas e organizadores. Após a revolução de 1848 passou a se denominar federalista.

Proudhon foi também tipógrafo aprendendo por conta própria o idioma Latin para imprimir melhor livros nesta língua. Sua afirmação mais conhecida é que a Propriedade é Roubo!, está presente em seu primeiro e maior trabalho, O que é a Propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo (Qu'est-ce que la propriété? Recherche sur le principe du droit et du gouvernement), publicado em 1840.

A publicação do livro atraiu a atenção das autoridades francesas. Atraindo também o interesse de Karl Marx, que começou a se corresponder com seu autor. Os dois influenciaram-se mutuamente: eles se encontraram em Paris por ocasião do exílio de Marx. A amizade de ambos finalmente chegou ao fim quando Marx respondeu ao seu texto Sistema das Contradições Econômicas, ou A Filosofia da Miséria com outro provocativamente intitulado A Miséria da Filosofia.

A disputa tornou-se uma das origens da divisão entre as alas marxistas e anarquistas nos encontros da Associação Internacional dos Trabalhadores. Alguns, como Edmund Wilson, argumentam que o ataque de Marx a Proudhon tem sua origem na defesa prévia do segundo de Karl Grün, o qual Marx abertamente detestava e que havia sido o autor de traduções do trabalho de Proudhon para diversos idiomas.

Proudhon favoreceu as associações dos trabalhadores ou cooperativas, bem como o propriedade coletiva dos trabalhadores da cidade e do campo em relação aos meios de produção, em contraposição à nacionalização da terra e dos espaços de trabalho. Ele considerava que a revolução social poderia ser alcançada através de formas pacíficas.

Em Confissões de um Revolucionário Proudhon afirmou que Anarquia é Ordem, uma frase que muito mais tarde inspirou, o símbolo anarquista conhecido como A no círculo, hoje, muito comum em pichações e grafites presentes na paisagem urbana. Neste símbolo o círculo simboliza a letra "O" da palavra "Ordem", levando em seu interior a letra "A" da palavra "Anarquia".

Proudhon também tentaria criar um banco operário, semelhante em alguns aspectos, às atuais cooperativas de crédito que beneficiaria os trabalhadores com empréstimos sem juros. Mal-lograda a tentativa, a ideia seria apropriada por capitalistas e acionistas que incorporariam imposição de juros em seus empréstimos.

BIBLIOGRAFIA

* O que é a Propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo (1840)
* Aviso aos Proprietários (1842)
* Sistema das Contradições Econômicas, ou A Filosofia da Miséria (1846)
* Idée générale de la révolution au XIXe siècle (General Idea of the Revolution in the Nineteenth Century, (1851)
* Le manuel du spéculateur à la bourse (1853)
* De la justice dans la révolution et dans l'Eglise (1858)
* La Guerre et la Paix (1861)
* Du principe Fédératif (1863)
* De la capacité politique des classes ouvrières (1865)
* Théorie de la propriété (1866)
* Théorie du mouvement constitutionnel (1870)
* Du principe de l'art (1875)
* Correspondences (1875)

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