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Basicamente é esse o plano para a construção do Poder, independentemente das modificações que cada uma de suas partes componentes possa receber; assim, por exemplo, o Poder central, pode por sua vez ser monárquico, aristocrático ou democrático; que antes fornecia homens públicos com um potencial de classificação, de acordo com seu caráter superficial.
Será observado que o sistema governamental tende a se tornar cada vez mais e mais complicado sem se tornar por causa disso mais eficiente ou mais moral, e sem oferecer nenhuma garantia adicional à pessoa ou propriedade.
Essa complicação brota primeiramente da legislação, a qual é sempre incompleta e insuficiente; em segundo lugar, da multiplicidade de funcionários; mas, acima de tudo, do compromisso entre dois elementos antagônicos, a iniciativa executiva e o consentimento popular.
Coube a nossa época [séc. XIX] estabelecer sem erros que essa negociação, a qual o passar dos séculos torna inevitável, é a medida certa da corrupção, da decadência, e da dissolução da Autoridade que se aproxima.
Qual é o objetivo dessa organização?
Manter a ordem na sociedade, consagrando e observando a obediência do cidadão ao Estado, a subordinação do pobre ao rico, da pessoa comum à classe superior, do trabalhador ao desocupado, do laico ao padre, do empresário ao soldado.
Até onde a memória da humanidade chega, ela se percebe tendo sida organizada sob o sistema acima, que constitui a ordem política, eclesiástica ou governamental.
Todo esforço para dar ao Poder uma aparência mais liberal, tolerante, social, falhou invariavelmente; tais esforços foram ainda mais em vão quando tentaram dar ao Povo uma parcela maior do Governo; como se as palavras, Soberania e Povo, as quais tentavam acorrentar, fossem tão naturalmente antagônicas quanto essas outras duas Liberdade e Despotismo.
A humanidade teve que viver, e a civilização se desenvolver, ao longo de seis mil anos, sob esse sistema inexorável, cujo primeiro termo é Desesperança e o último Morte.
Que poder secreto o vem sustentando? Que força o permite sobreviver? Que princípios, que idéias, renovaram o sangue que jorrou sob a adaga da autoridade, eclesiástica e secular?
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fonte:
Grazia Tanta:
ResponderExcluir"Os Estados demonstraram, claramente, a propósito da crise financeira, que são instrumentos do capitalismo, somente intervindo a favor da multidão, como forma de apoio ou salvaguarda dos interesses do capital"